CRITICA VAZIA E CONFUSA DE OPUS
- raianecfferreira
- 9 de jun.
- 2 min de leitura

Direção: Mark Anthony Green | Ano: 2025 | País: Estados Unidos
Opus é um filme chama atenção pela sinopse no qual Ariel Ecton (Ayo Edebiri), uma jovem jornalista que quer avançar na sua carreira, e se depara com o retorno do talentoso popstar Moretti (John Malkovich) depois de quase 30 anos distante do Público. O astro quer apresentar seu novo álbum, e convida um grupo seleto de personalidades para uma experiência num refúgio longe da cidade, no qual é “rei,”. Apesar de não ser conhecida, Ariel é uma das convidadas junto do seu editor chefe Stan (Murray Bartlett). Chegando ao local, tudo parecia perfeito, porém algo estranho começa a se revelar.
Esta é uma premissa muito comum em atuais thrillers, como “Corra!”, “Midsommar” e “pisque duas vezes”. Porém, Opus não consegue ter o mesmo êxito que estes filmes cotados. No início temos até eventos interessantes que nos puxa para a narrativa. O reaparecimento do astro, o estranho lugar onde ele habita e a alienação dos que ali estão, são elementos que nos instiga a querer entender o que se passa realmente ali.
A figura de Moretti é até interessante. Malkovich consegue dar vida a complexa estrela pop, a partir da forma como se veste, ao talento tosco que, mesmo assim, agrada a o público, porém, faltou uma ambiguidade aparente no seu discurso, algo que demonstrasse sua vilania desde o início. O mesmo acontece com a protagonista, pois não basta ter bons atores, é preciso ter um bom roteiro, que procura sair do lugar confortável, principalmente para um filme com essa proposta. E é esse ponto que enfraquece o filme para mim, pois o roteiro não consegue dar conta da proposta crítica da obra.
Ao invés de enfatizar de forma direta sua visão sobre a cega admiração de fãs, ou a contribuição da mídia a incentivar padrões às grandes massas, Opus falha, dar voltas e voltas e não consegue construir uma narrativa coesa nas reflexões que propõe. Ao invés de construir uma crescente de eventos bizarros que levem a revelação dos reais objetivos do famoso vilão, o filme se perde e tudo vira uma bagunça confusa e sem impacto.
Apesar da boa fotografia e designer de produção, Opus é mais um filme que se contenta com uma estrutura superficial de tratar problemas complexos do mundo contemporâneo.
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